Vencer a preguiça é a primeira coisa que o homem deve procurar se quiser ser dono do seu destino.” (Thomas Atkinson)
As redes sociais tem fomentado discussões e as brigas pela “detenção da razão”, a disputa pela demonstração do “saber mais”, um fenômeno que não gera estranheza, a julgar pelo fato de que somos vaidosos e competitivos, a humanidade, sob o manto do anonimato ou da possibilidade de fuga do enfrentamento tem sido seduzida a declarar guerra a todos aqueles que de alguma forma a contraria, em contrapartida, em muitos casos, uma militância sem sentido.
A crítica não construtiva é mera manifestação do egoísmo e da vaidade.
Se a cada reclamação, a cada exposição de ideias ou até mesmo após uma discussão ocorressem ações positivas em prol da causa discutida, certamente não haveriam tantas reincidências de problemas que nem ao menos são reduzidos. São muitas discussões, mas os problema o persistem, portanto, por óbvio, a conclusão é de que são muitas palavras, ideologias e ostentações de inteligências e sabedorias para poucos resultados, ou seja, muito contraditório.
Prepara no verão o seu pão: na saga junta o seu mantimento. Ó preguiçoso, até quando ficarás deitado? Quando te levantarás do teu sono? (Prov.6: 8-9)
Os grupos de Whatsapp, o Facebook e o Youtube são os cenários onde mais aparecem “especialistas” de todas as áreas, lá estão registros de que a nação ainda sofre porque é egoísta ou não sabe o que diz. A primeira grande crítica que devemos fazer para iniciar uma reflexão que realmente dê resultados é a dos próprios atos e considerar principalmente os erros.
Quais os motivos de tantas discussões, solução ou impor uma verdade?
Com uma análise bem simples da carga emocional no momento de discussão e do sentido literal da palavra soberba, é possível descobrir o nível de qualidade das nossas discussões e das sugestões que apresentamos.
“Soberba também conhecido como Orgulho é o sentimento caracterizado pela pretensão de superioridade sobre as pessoas, levando a manifestações ostensivas de arrogância, por vezes sem fundamento algum em fatos ou variáveis reais. O termo provém do latim superbi.(…)” (https://pt.wikipedia.org/wiki/Soberba)
Sabemos de tudo e não resolvemos nada.
Sempre a culpa é de alguém ou pelo menos muitas pessoas tentam provar isso!
Nas palavras de Thomas Atkinson, vencer a preguiça é primeira coisa que o homem deve procurar se quiser ser dono do seu destino, portanto, partindo de tal princípio, tudo que temos no presente é fruto daquilo que fizemos ou deixamos de fazer.
“Prepara teu pão no verão”, em outras palavras, busque aquilo que precisa no tempo oportuno para que na hora da necessidade o tenha a disposição.
Nosso foco, o Bairro Campos Elíseos, cenário da velha e famosa cracolândia paulistana com mais de vinte anos de registro de violações administrativas e penais.
Em um dia a culpa é do Suplicy, no outro do prefeito, depois passa a ser da Polícia Militar, mas quando alguém defende os usuários, a culpa é dos Direitos Humanos, quando os usuários passam dos limites nas proximidades dos prédios, a culpa é da Guarda Civil, porém quando a culpa será do morador local? Quando a culpa é do cidadão paulistano?
As responsabilidades podem ser divididas com todos os citados acima, mas também é de cada munícipe que exige soluções e não provoca o Ministério Público, não cobra resultados dos secretários municipais e não exige resposta do Governo do Estado.
Qual ação foi movida pleiteando tantos direitos que são apresentados por inúmeros “especialistas” que ostentam o juridiquês nas redes sociais?
Quem nunca acionou a Secretaria de Segurança Pública para cobrar ao menos uma justificativa da sua inércia, da falta de eficiência, não tem razão de reclamar das Polícias Civil e Militar.
Diante de um tráfico de drogas que está instalado há mais de duas décadas na mesma região, certamente um Secretário de Segurança Pública que tenha o mínimo de vergonha na cara terá uma resposta e adotará uma medida saneadora, mas quem o questionou?
“O direito não socorre aos que dormem”
Ora, se há injustiça provocada por ação ou omissão do Poder Executivo, cabe ao povo esquecer um pouco o celular, a choradeira e agir de maneira realmente eficiente.
Há muito Barulho?
A cobrança deve ser feita na porta da subprefeitura, exigindo respostas que se forem ineficientes, prontamente podem ser direcionadas a Ouvidoria Geral do Município e quando esgotados os meios , a coletividade deve ir ao Ministério Público.
Seu direito está sendo violado? Qual?
Falácias, achismos e ameaças infundadas são atitudes que aqueles que estão em omissão estão acostumados a rebater, por isso as indignações dos moradores são motivos de chacota e descaso.
Após a autocrítica, antes de qualquer polêmica na busca por soluções, temos que exercer a cidadania da forma mais intensa possível, ou seja, fazer valer os direitos civis políticos e individuais, fato que só é possível com muita pesquisa e domínio do conhecimento.
A imprensa e os órgãos estatais não irão fornecer informações que servirão de instrumento contra eles, motivo pelo qual devemos ignorar a imprensa e as “respostas-defesa” fornecidas pelos governos municipal, estadual e federal, por isso devemos constituir um maior acervo de conhecimentos para que possamos ser donos dos nossos destinos.
Não dá para aceitar as respostas que nos fornecem e nem tampouco entrar no ritmo da carga emocional que a imprensa nos impõe para conduzir as coisas em conformidade as vontades de alguém.
Bebês chorões, é assim que eles enxergam aqueles que reclamam sem agir de maneira realmente legítima perante os órgãos competentes.
Sabe por que a elite a consegue a maioria daquilo que almeja?
Porque colocam os ocupantes de cargos importantes em situação de “fazer ou responder”!
Está na hora de deixarmos a crítica motivada por uma rebeldia juvenil e passarmos a transformá-las, no mínimo, em processos administrativos.
Criticar por quê? Para quem?
Não são aqueles que enxergamos, os responsáveis pelas omissões! Os responsáveis estão sempre bem trajados e são recepcionados como “deuses” quando aparecem para o povo, são os coronéis famosos, políticos idolatrados e ocupantes de cargos que são confundidos com superioridade ou hierarquia, tendo em vista que a maior parte do povo acham que eles mandam, mas na verdade são os funcionários e devem ser cobrados!
“Quando te levantarás do teu sono?”
A crítica não deve ser uma afronta ao interesse de alguém, mas uma elucidação daquilo que é certo, uma cobrança do que ainda não foi feito ou feito de forma insatisfatória. Os ocupantes de cargos de relevância devem ser cobrados e responsabilizados por tudo que deu errado, não os seus subordinados, como vem ocorrendo!
Sua manifestação tem surtido efeito para a coletividade ou apenas garantido que você “saia por cima” em seu meio social?
Caso não tenha chegado as autoridades e sido motivação para desavenças, há necessidade de rever os propósitos melhorar o direcionamento das indignações.
“E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará.”(Jesus Cristo)
“Não se opor ao erro é aprová-lo, não defender a verdade é negá-la.” (São Tomás de Aquino)