Indice
O carnaval paulistano será bem movimentado, além dos desfiles tradicionais das escolas de samba, também contará com centenas de blocos que têm o propósito reunir foliões pelas ruas da cidade. Em tese, há a promessa de ser uma festa bem organizada, ou seja, com locais delimitados e medidas de segurança que foram estabelecidas pela Prefeitura de São Paulo como condições para a efetivação do evento.
Ciente das adversidades que existem na região central e embasado nas experiências de moradores e de policiais que contribuem com a página, o Ajuda SP Centro optou por sugerir algumas posturas que podem salvar vidas e preservar a integridade de muitas pessoas.
Apesar da organização da festa estar sob o manto de regramentos rigorosos e definido após estudos de profissionais de alto nível, os paulistanos não podem subestimar a organização criminosa, sua influência e sequelas no centro de São Paulo.
A rotina do tráfico de drogas, as pessoas em estado de drogadição e os hotéis e bares que servem de abrigo para criminosos proporcionam um ambiente em que os riscos são muito altos para os foliões, principalmente para os mais desavisados.
A “Cracolândia” tem influência em toda região central e, infelizmente, não é sensato esperar que toxicômanos e marginais não tirem proveito de um aglomerado de pessoas no território que já está marcado pela dominação bandida.
Diante de tal situação o Ajuda SP Centro traz as seguintes recomendações:
1- Estacionamento
Usuários de drogas costumam usar coletes refletivos para transmitir segurança e credibilidade aos motoristas, oferecem vagas de estacionamento e cobram antecipado, porém o que os condutores não sabem é que eles não permanecem em vigilância e que também não se atentam as placas de proibição. São irresponsáveis e oportunistas.
Simplesmente cobram e depois abandonam o veículo estacionado em uma propriedade privada ou em local proibido pela sinalização.
Os resultados são autos de infrações de trânsito, guinchamentos, além do risco de furto.
É importante ter ciência que na região central os criminosos quando não levam o veículo, retiram as rodas e quebram os vidros para verificar o que tem no interior.
É recomendável estacionar em locais afastados da região central e fazer o deslocamento de transporte coletivo ou alternativo, contudo, se for estacionar na região central, certifique-se de que não há placas de proibição ou de que o estacionamento particular é realmente um estabelecimento lícito e não apenas um cenário montado para enganá-lo.
2- Porte de bens e valores
Os alvos dos bandidos no meio da multidão são:
- A. Celulares
- B. Carteiras
- C. Bolsas
- D. Relógios
- E. Correntinhas (no pescoço)
- F. Tênis
- G. Eletrônicos em geral
Grupos formados por dezenas de marginais ficam próximos das suas vitimas e simulam brigas, confusões e a pessoa desavisada passa a ser agredida, em seguida tem seus bens subtraídos. Trata-se de um roubo disfarçado de briga generalizada.
Também há aqueles que possuem habilidades de cortar bolsas e subtrair carteiras de forma tão astuciosa que a vítima só percebe minutos ou horas depois.
Celulares e correntinhas são puxados com uma rapidez incrível , ainda assim próximo a vítima ficam outros facínoras para silenciá-la através de ameaças: “ Você está me chamando de ladrão? Você tem prova!? Presta atenção no que você está falando!”. Enquanto discutem o celular vai sendo passado de mão em mão e em poucos minutos estará bem distante.
Basta um empurrão e em questão de segundos a pessoa desavisada tem um bem subtraído!
São inúmeros os modos operantes, em contrapartida existem formas simples de fazer a prevenção:
- Jamais circule com objetos na parte de trás do corpo (bolsas ou carteiras)
- Evite ao máximo levantar o aparelho celular para tirar selfies ou utilizá-lo no meio da multidão, é importante ter um abrigo ou outras pessoas em vigilância.
- Evite andar com a carteira com muito dinheiro porque ao abri-la para comprar uma bebida, certamente alguém estará observando e você pode passar a ser o foco dos bandidos.
- Não use o cartão no modo aproximação, tendo em vista que ele também pode passar a ser objeto de interesse de algum observador mal intencionado.
- Discussões ou provocações totalmente sem nexo ou uma razão aparente geralmente são iscas! Não aceite provocações e nem responda perguntas hostis, tendo em vista que após iniciada uma discussão você estará entre bandidos que queriam apenas um motivo para tomar seus pertences de forma violenta.
Fique atento! As polícias não permanecem no meio da multidão, geralmente permanecem às margens, razão pela qual os aglomerados são os locais onde há maior possibilidade de ocorrências de furtos, roubos, agressões, importunações sexuais e assédios.
Em síntese, é interessante que nesses locais as pessoas evitem ostentar os bens, circular com metais preciosos ou facilitar o acesso a celulares e bolsas. Uma roupa confortável, o calçado sem muito valor de mercado, pouco dinheiro e um cartão de crédito que obriga o uso de senha (para evitar sequestro e coerção para fazer pix) são iniciativas que diminuem os interesses dos bandidos.
3- Circulação a pé
O risco não está presente apenas na multidão, locais isolados também são cenários favoráveis para a prática de assaltos, portanto:
- Ande somente nas vias principais, tendo em vista que é onde há maior presença de policiamento.
- Se não conhece o centro de São Paulo, informe-se sobre os locais onde estão disponíveis os transportes coletivos e faça uso deles, mesmo para deslocamento curtos, considerando que os assaltantes conhecem as rotas mais usadas pelos transeuntes e também onde o policiamento é menor.
- Postos de gasolina geralmente têm câmeras, são os melhores locais para acionar o transporte alternativo.
- Não faça doações enquanto estiver caminhando, o pedido de uma moeda pode se transformar em : “Passe a carteira ou te rasgo na faca!”
É relevante perceber que na região central de São Paulo há muitos prédios abandonados e cercados por tapumes frágeis que os marginais danificam para ocupar o perímetro interno e observar tudo que acontece no perímetro externo. Eles atacam pessoas das quais verificam maior fragilidade ou potencial financeiro, portanto evite andar muito próximo a eles (tapumes) e observe bem quando estiver passando, não hesite em voltar se alguém sair repentinamente há poucos metros a sua frente ou em correr e procurar um local seguro caso alguém saia de trás de um tapume logo que você passar.
O ideal é evitar locais isolados, não passar próximo aos tapumes ou em frente de prédios abandonados.
Não há exagero em dizer que o centro de São Paulo tem “acessibilidade arquitetônica inclusiva de bandidos”, são prédios, pontes, tapumes, bares e hotéis irregulares que abrigam ladrões e facilitam suas ações.
Não aceite gentilezas de estranhos, pessoas extremamente solicitas que se apresentam para indicar caminhos ou mostrar algo, a julgar pelo fato de que os toxicômanos costumam agir dessa forma e depois são invasivos ao fazerem as cobranças.
É importante programar como chegar e voltar de forma segura, evitar descobrir caminhos nos dias de carnaval para evitar surpresas desagradáveis.
Programação e autonomia podem fazer a diferença!
4- Circulando com veículos
Aproximar-se da área do evento não é uma boa opção, em razão dos congestionamentos e dos crimes de oportunidade, tendo em mente que nos dias 11,12,17,18,19,20,21,25 e 26 de fevereiro são datas que ocorrerão o Pré Carnaval SP, Carnaval SP e Ressaca de Carnaval SP.
O Ajuda SP Centro recomenda que seja feita uma boa análise dos itinerários no site da Companhia de Engenharia de Tráfego – CET, inclusive com atenção especial aos bloqueios de vias.
Por razões óbvias, em locais de congestionamento é interessante estar com os vidros fechados, sem objetos no painel, inclusive o celular e também sem bolsas, carteiras ou objetos de valor soltos nos bancos.
O ambiente é festivo, mas também é perigoso, não é lugar para conversar com estranhos ou fazer doações, todo cuidado é fundamental.
Em caso de envolvimento em acidente e ocorrer comoção geral, ou seja, baderna e hostilidades, não há necessidade de permanecer no local porque é legítima a saída para garantir a autopreservação, basta ligar para a Polícia Militar, informar o ocorrido e aguardar a presença dos policiais em um local seguro.
É comum que facínoras batam propositalmente na lateral do veículo para simular um atropelamento e exigir dinheiro.
O ideal é não circular nas proximidades, porém se for necessário é importante programar o caminho e estar atento, considerando que muitas vias estarão bloqueadas.
Estar informado evitará desencontros e atrasos.
5-Cuidado com quem se relaciona
Não é um problema exclusivo do centro de SP, mas é algo que todos devem ficar atentos: Os libertinos praticantes de crimes sexuais.
Considerando o número de prédios abandonados e locais ermos que existem no centro da cidade, inclusive moradias improvisadas que são consequência da existência da “Cracolândia”, é importante estar convicto de que através de uma bebida compartilhada você pode ter sua cognição comprometida e ser vítima de crimes sexuais e também contaminado por uma doença (de forma proposital, portanto criminosa).
Além dos crimes relacionados aos bens, não podemos ignorar o quanto o centro da cidade é propício a crimes sexuais e uma porta de entrada para os vícios.
Relacionar-se, fazer amigos é saudável, todavia, em caráter preliminar, é bom estar limitado a conhecer e agir de forma preventiva.
No que tange aos assédios e importunações sexuais é fundamental gravar bem o rosto e a vestimenta, sair do local e repassar o caso a Polícia Militar e a Guarda Civil Metropolitana.
6 -Como e quando agir
Reagir a assaltos não é recomendável, mas é uma ação válida se for a ÚLTIMA alternativa para preservar a vida. Após o anúncio do crime ou se já estiver inserido em uma confusão generalizada, o mais importante é preservar a integridade física, não é pertinente o embate direto com o criminoso porque ele está preparado e com apoiadores, portanto a desvantagem da vítima é imensurável. Olheiros estarão prontos para investirem contra você!
Havendo desconfiança de que algo poderá ocorrer o mais adequado é manter a calma e tentar uma movimentação para um local seguro ou que não seja isolado. A presença de testemunhas inibe a ação e a minimiza.
Ao presenciar uma ação criminosa que não o envolva, não cruze olhares com o marginal, não comente de maneira que outras pessoas percebam que você está observando (o comparsa do bandido pode estar de olho em você), procure gravar a vestimenta, sinais particulares (tatuagens, cicatrizes, falhas no cabelo ou barba) e o destino tomado pelo marginal, para posteriormente passar informações a polícia.
Situações suspeitas de crimes ou intenções criminosas, inclusive de crimes sexuais devem ser levadas ao conhecimento dos policiais que estão na região, não há problema em solicitar uma averiguação.
Os registros de boletins de ocorrências são feitos nos distritos policiais, porém após a ocorrência do crime não há pressa, o mais importante é que um policial militar ou guarda civil metropolitano tenha acesso a informação para tratar do assunto por intermédio do policiamento operacional.
Portanto:
- Avise sobre o ocorrido a um policial que estiver nas proximidades
- Verifique a possibilidade de registrar o boletim na Delegacia Eletrônica antes de ir até o DP da região.
- Caso não possa ser registrado na Delegacia Eletrônica, pergunte a um policial qual é o DP que atua na região em que você foi vitima.
Ao procurar um PM ou GCM para informar algo seja objetivo:
- Informe somente o crime ocorrido ou a suspeita (de forma bem sucinta)
- O local exato
- As características físicas e as vestimentas
- O destino tomado e se há veículos envolvidos
A objetividade facilita o êxito da atuação da polícia, lembre-se de que enquanto você desabafa e demora para informar os dados importantes, o facínora está fugindo!
Permita que as polícias trabalhem e não façam julgamentos ou intervenções equivocadas, o uso moderado da força também faz parte do trabalho policial, assim sendo, certamente é possível que ocorram uso de gases, cassetetes e técnicas defensivas em alguma ocasião.
As instituições possuem órgãos corregedores, não há necessidade de colocar a mão ou tentar intervir em uma ação policial, tal atitude pode resultar em problemas muito sérios e na facilitação das ações dos bandidos. Todos alegam ser vítimas e choram quando a polícia está atuando.
O Ajuda SP Centro não corrobora com a violência policial, mas quem define o que é violência, legítima defesa e uso moderado da força são delegados, juízes e corregedores!
A palavra de ordem é prevenção!
Não é o nosso desejo, mas infelizmente o fato é que crimes ocorrerão e os marginais atuam quando encontram facilidades, portanto dificulte!
A prevenção consiste em acreditar no bem isolando o mal, reduzindo-o a uma hipótese que já foi trabalhada ou a um problema vencido pela superioridade de medidas saneadoras.
Que a vítima não seja você!
O Ajuda SP Centro acredita na ciência e que ela evolui através das experiências, juntos também podemos combater de forma técnica as ações dos bandidos.
Vamos positivar a ideia.