Se você não acredita que o Lula é Ladrão ou que o Bolsonaro não é genocida, leia até o fim e tire as próprias conclusões!
O Brasil está cada dia mais hostil, conflitos motivados por opiniões divergentes e, em muitos casos, indignações que têm como raízes informações de fontes poucos confiáveis. Basta anunciar uma opinião política ou ideológica para iniciar uma inimizade.
Língua e linguagem sendo deturpadas através da ambiguidade e de anúncios parciais daquilo que é objeto de interesse coletivo.
A língua, sob o prisma da formalidade da comunicação, apresentada em conformidade a gramática tem sido instrumento de persuasão, tendo em vista que o “escrever e falar bonito” gera credibilidade em razão da concepção equivocada que há a respeito da existência de uma língua “elitizada” ou “superior” que é referência para bons conteúdos.
A linguagem, ou seja, as diversas formas de expressão, dá vida aos sentimentos e percepções de mundo, nela é que são instigadas e exteriorizadas as paixões, os amores e também multiplicadas as diversas formas de sentir e pensar, em contrapartida as subjetividades humanas são complexas e nem toda expressão, apesar de autêntica, retrata motivações isentas de equívocos de percepção.
A língua em função do mal dá origem a linguagem com conteúdo enganoso.
Todos estamos sujeitos ao engano!
Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o conhecerá?
A polarização política e a atual divisão é exemplo do quanto o brasileiro está cego em virtude da paixão. Será que é possível apenas um lado está certo em tudo?
Certamente uma análise crítica, honesta e imparcial conduziria a entendimentos mais razoáveis e menos extremistas como os que vemos hoje.
É lamentável buscar por notícias e ter que lidar com o ativismo político e ideológico tentando invadir os pensamentos, investindo de forma inescrupulosa na mudança de convencimentos, distorcendo ou deturpando fatos para aumentar o ódio contra aquele que o autor da matéria deseja a decadência.
Anúncios de notícias que não estão de acordo com o que será lido na íntegra são suficientes para promover o caos.
Parônimos, paralelismos, verbos, substantivos e adjetivos, todos colocados de forma bem pensada, cheios de ambiguidades para induzir o receptor ao erro.
Leis comentadas sob o ponto de vista que mais favorece ao autor são estopins de polêmicas e de práticas abusivas por parte daqueles que só precisavam de um incentivo.
Teorias descontextualizadas são apresentadas como exemplo para o Brasil e servem de teses para a defesa da liberação das drogas e para a promoção de políticas de desencarceramento.
Inquéritos são narrados com a presença de um bandido e de um mocinho e conduzem o leitor a posição de julgador, condenam policiais, políticos e até mesmo pessoas em razão da cor da pele ou da classe social. Total desprezo pela presunção de inocência.
Processos jurídicos são explanados sob o ponto de vista do defensor para que o leitor, ouvinte ou telespectador não tenha acesso a íntegra e, desta forma, o mal fique oculto e o réu seja acolhido como vítima por toda sociedade.
Distorcer, deturpar, corromper, perverter, viciar, descaracterizar e viabilizar o erro de entendimento a favor de alguém tem sido o papel da imprensa e das grandes mídias.
E quanto ao Lula e ao Bolsonaro?
É muito simples:
O receptor de informações brasileiro é alvo de inúmeros bombardeios de informações eivadas de malícias, produto de mentes ardilosas que subestimam a nação.
Eles desprezam as capacidades intelectuais da nação.
Apelam para citações de autoridade, mencionam livros e seus autores, mas são incapazes de aceitar a contestação ou até mesmo apresentar uma referência que faz oposição as ideias das quais tanto defendem. Não há pluralismo de ideias.
E assim foi implantada a guerra que se espalha na internet, discussões desrespeitosas nas redes sociais e inimizades entre amigos e familiares. Todos donos das suas verdades.
Verdades que declaram um opositor a ser combatido.
Convencimentos sem fundamentos, apenas têm como referência as fontes de informações.
Fontes não confiáveis!
Há extrema necessidade de que o brasileiro passe a recepcionar informações e fazer análises críticas e reflexivas, buscando a contextualização do que está sendo exposto com a realidade política e social e, principalmente, fiscalizar a metodologia usada pelos produtores.
Estatísticas só têm validade quando são apresentadas na íntegra, a exposição parcial certamente é uma pretensão de impressionar através dos dados numéricos.
Leis são discutidas no Poder Judiciário e sempre há doutrinas ou entendimentos jurisprudenciais, portanto estes não podem ser desprezados em uma discussão.
Nos processos judiciais existem fatos incontestáveis e o cidadão tem o direito de discordar e fazer seu próprio julgamento de uma pessoa pública, inclusive impedindo que ela seja eleita em processos democráticos.
As notícias apresentam o que o foi levado até a autoridade policial, mas só após o inquérito e após o processo é que há possibilidade de ter um parâmetro de convencimento, razão pela qual não é salutar culpar pessoas pelas poucas informações que estão contidas nas notícias.
Ler, assistir ou ouvir é apenas uma etapa da captação de informações. Interpretar o texto, analisá-lo sob o ponto de vista político, social e da metodologia científica é outra etapa importante para produção do conhecimento a ser consolidado.
Nossas mentes têm sido alvo de disputa entre aqueles que querem fazer do Brasil uma propriedade privada. Quanto mais rigorosa for a filtragem das informações que nos transmitem, mais cresceremos como cidadãos.
Não é sobre ser contestar tudo, mas a respeito de critérios para dar credibilidade e confiabilidade nas ideias e informações que acolhemos.
Pode parecer trabalhoso, cansativo e, talvez, até inacreditável, porém seu inimigo pensa diferente e investe contra você diariamente!
O título foi apenas um incentivo para iniciarmos o exercício da análise crítica e reflexiva, portanto não representa a opinião do Ajuda SP Centro.
O Brasil é nosso!
Vale a pena começar a lutar.