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Moradores do bairro Campos Elíseos já estão habituados aos frequentes confrontos entre a Polícia e os Usuários de entorpecentes que compõem o famoso “fluxo” na cracolândia, porém muitos desconhecem as verdadeiras razões dos distúrbios, tendo em vista que a imprensa, a Administração Pública e o senso comum tem multiplicado informações inverídicas ou incompletas a respeito do assunto.
O dia 09 de maio de 2019, uma quinta feira, foi uma data marcante para todos moradores da região, não deveria ter caído no esquecimento, contudo é um assunto que os representantes das ONG`s e movimentos sociais que defendem os frequentadores da “boca fumo” preferem não tocar, considerando que naquela tarde ocorreu um homicídio de uma mulher e com fortes indícios de que os assassinos tenham sido os próprios ocupantes do fluxo.
O fato é que os agentes da segurança pública foram solicitar que as barracas que estavam montadas no interior da praça na Alameda Cleveland fossem baixadas e foram recebidos a tiros, ocorreu o distúrbio conhecido como “virada de fluxo” e a maioria dos meliantes adentraram ao Atende da Rua Helvétia, onde conseguiram se esconder.
Assim que os bandidos e os usuários desocuparam o local, restou apenas o corpo de uma mulher estirado na rua Helvétia quase de esquina com Alameda Cleveland.
O corpo estava caído como quem estava de frente para o Atende e havia sido baleada, o orifício de entrada era próximo ao queixo, ou seja, muito provavelmente o tiro foi disparado do mesmo lado de onde estavam aglomerados os meliantes, elucidação que cabe a polícia judiciária.
A mulher foi socorrida e morreu no dia seguinte, preliminarmente a Polícia Civil realizou uma identificação equivocada pelo fato dela estar com um documento que não lhe pertencia no bolso, também foi mencionado que ela tinha um histórico criminal vinculado a tráfico de drogas. Esse foi o desfecho de uma “virada de fluxo”, dentre muitas que tem ocorrido todos os meses
O pessoal da legalização das drogas e dos direitos humanos fundamentais até que tentou, mas não conseguiu criar alarmes de que tinha sido a GCM responsável pelo tiro que resultou na morte da mulher.
A imprensa, diante de um histórico e cenário desfavorável a críticas contra a polícia, só coube relatar a morte como fato a ser esclarecido, mas em nenhum momento expôs as evidencias que apontavam a autoria (frequentadores do fluxo).
As administrações em geral, como de costume, em síntese, simplesmente manifestaram a “resposta pronta” de que os fatos seriam apurados pela polícia civil e que lamentavam o ocorrido, caso fosse verificada alguma responsabilização de qualquer de seus administrados, estes responderiam conforme preceitua regime interno.
E o povo? E quem viu e convive, o que disse?
Parece que a voz do povo não interessa ou incomoda, mas aqui ficará o registro para que as “viradas de fluxo” sejam observadas sob a ótica realista e não sob a visão política e demagoga.
A ESTRUTURA DA INDÚSTRIA E COMÉRCIO CRACOLÂNDIA
A cracolândia é um grande centro comercial de drogas ilícitas e as autoridades sabem disso, assim como também sabem e já foi dada publicidade ao fato de que é administrada por uma grande organização criminosa bem conhecida no Brasil.
Apesar do mau cheiro, pessoas aparentemente sem lucidez em virtude da toxicodependência e um aglomerado que dá sensação de uma feira livre, o “fluxo” é um local onde existe regra e distribuição de função, nada está fora do lugar ou é realizado sem coordenação de um mandante.
Segue abaixo algumas das atividades dos frequentadores do fluxo:
Olheiros: São homens e mulheres que monitoram os passos da PM e GCM, observam veículos e pessoas estranhas ao meio e quando verificam algo que possa levar prejuízo as suas atividades, prontamente enviam um mensageiro ou gritam para que todas ouçam: “Olha o droneeeeeeeee!!” (drone que filma o fluxo) “Olha o rapaaaaaaa”!!! (agentes da GCM para retirá-los ou baixar barracas) “A loiraaaaaaaaa!!” (Tropas policiais militares) “Atenção aee famíliaaaaaaa!!” (alguma autoridade ou público que possa registrar suas atividades).
São os olheiros que identificam estranhos adentrando e repassam para liderança interna tomar providência.
Seguranças e “Controladores de Acesso”: Homens que ficam na função de guardas nas extremidades de entrada e saída do fluxo, são eles que barram a entrada e oferecem resistência aos policiais quando tentam aproximação, são os primeiros a verbalizar e oferecer solução para evitar a entrada da polícia, também manifestam hostilidades e incitam o coletivo de meliantes contra os agentes, visando garantir que as barracas de drogas e os traficantes saiam em segurança.
A atividade do segurança pode ser identificada facilmente, basta acionar uma câmera filmadora em direção ao fluxo que eles tomam a frente, ameaçam o cinegrafista e dão ordem para que outros bandidos roubem a câmera.
Transportadores/entregadores de drogas (“mula”): Homens e mulheres que abastecem o fluxo com drogas.
A criatividade é infinita, a droga já foi localizada dentro de ursinhos de pelúcia, perucas, dentro da roupa íntima, sob a cadeira de rodas e até no skate que servia de transporte para o deficiente físico.
São eles que enfrentam ou passam correndo nos bloqueios policiais, geralmente quando são capturados entram em luta corporal ou gritam que estão sofrendo com “abuso de autoridade” para ganharem tempo de gerar um distúrbio que favoreça a fuga ou apenas para que outro pegue a droga quando ele lançar.
Também costumam mudar de rumo ou correrem quando vêem grande número de policiais em seus caminhos. Em algumas ocasiões, para que consigam seguir destino,articulam para que outro marginal provoque uma ação que exija atuação do policial, tirando sua atenção e facilitando a entrada da “mula”.
O que tira a atenção em favor dos aliados ( “boi de piranha”): São homens e mulheres que criam situações para que a polícia não tenha 100% da sua atenção voltada a algo que está acontecendo ou na iminência de acontecer.
Costumam provocar policiais, promover brigas na rua ou simulam estar portando armas e no momento em que os agentes dão atenção a eles, surge a oportunidade dos marginais praticarem outro ato de interesse, como por exemplo passar com grande quantidade de droga.
Porta voz (“disciplina”): Uma figura que não deveria existir, são alguns homens que tem habilidade de mediar situações e estabelecer comunicação com todos profissionais da Administração Pública.
São eles que resolvem os conflitos internos e tem a última palavra para deslocamentos coletivos, também possuem voz ativa para incitar o coletivo contra qualquer opositor.
Montadores de barracas: Homens que carregam os materiais e instrumentos que servem para montar as barracas dos vendedores de drogas, a cada movimentação ficam encarregados de desmontar e montar com rapidez e precisão, para isso são auxiliados por alguns usuários que em troca de porções de drogas desobedecem as ordens dos agentes e tentam passar com inservíveis proibidos na triagem local.
Vendedores de Drogas: Vaidosos em virtude do status de traficantes, na verdade são homens e mulheres que, na maioria dos casos, não são viciados e estão lá para vender, funcionários do crime que realmente estão passíveis de responderem por tráfico de entorpecentes, mas na hierarquia do criminal são meros serviçais, sem voz ativa no coletivo e nenhum poder de decisão.
Traficantes: O traficante é uma figura difícil de ser identificada no cenário local, são poucos e quase nunca estão presentes, ele é semelhante ao patrão que aparece na empresa poucas vezes na semana ou no mês.
A polícia judiciária tem o controle, contudo o cidadão comum só precisa entender que ele existe, tem poder de decisão e é uma constante ameaça a todos a que entram em evidência a seu desfavor.
Os falsos humanitários: Eles existem, são atuantes, mas incriminá-los é uma tarefa difícil, tendo em vista que só poderão responder quando a polícia judiciária elucidar os vínculos entre eles e a organização criminosa.
O fato é que, sob alegação de promoverem a paz e defenderem os direitos individuais, homens e mulheres afrontam a Guarda Civil Metropolitana e a Polícia Militar, fazem acusações infundadas de agressões e abusos de autoridade, porém a essência da atuação dos falsos humanitários é intimidar as ações dos policiais, promover um ambiente favorável ao uso e tráfico de entorpecente.
São eles que realizam contato com a imprensa tendenciosa e enviam fotos e vídeos parciais para que eles possam publicar textos no sentido de gerar aversão as ações de fiscalização e policiamento local.
Outro instrumento importante que utilizam são as redes sociais, lá distorcem fatos e promovem o ódio e a apologia ao crime, mas de forma sutil para soar como opinião, mas nunca apresentam provas ou assumem que a cracolândia é local de prática de crimes
Base central e estoque: A polícia já fez apreensões de drogas no local supracitado, mas para evitar processos judiciais, não será citado onde exatamente é, contudo cada leitor pode presumir onde as drogas ficam estocadas e a polícia não pode entrar.
Lá também funciona como local de prostituição, mas há quem defenda a idéia que é apenas domicílio para pessoas menos favorecidas.
É o ambiente de acolhimento para aqueles que precisam estar longe dos olhos da polícia, praticarem atos ilícitos com a segurança de receberem alertas a respeito da presença de policiais.
Linha de frente: Centenas de pessoas motivadas pela aversão a polícia , por amor a “cultura criminal” e pela reverência ao vício e quando recebem autorização atacam as tropas policiais de forma covarde e severa, lançando pedras, garrafas, pratos, madeiras e lançam rojões.
Nada na estrutura do tráfico é por acaso, os bares, os inconformados, as brigas, os gritos, as proibições e até mesmo a passagem de grávidas ou crianças, tudo tem momento e propósito de facilitar a atividade criminosa.
A VIRADA DE FLUXO
A estrutura garante o bom funcionamento da “indústria do tráfico’’ que, conforme já noticiado e grandes canais da imprensa , rende muito dinheiro aos traficantes e aos envolvidos, porém na cracolândia há presença permanente da Guarda Civil Metropolitana e a proximidade da Polícia Militar, portanto o crime organizado articulou sua atividade de modo a retardar as operações ou qualquer tentativa de combate as suas atividades, o nome da estratégia criminal é “virada de fluxo”.
Quando o olheiro avisa, o “segurança” do ponto de tráfico é ignorado, há captura de um transportador de drogas, quando é exigida a retirada de barracas ou é realizado bloqueio policial após a limpeza das vias, de imediato os marginais iniciam suas ameaças de ataques para tentar intimidar a polícia.
Os bandidos não querem ser fiscalizados, não aceitam registros de imagens e cada prisão por tráfico é interpretada como uma afronta.
As barracas são instrumentos que promovem a atividade ilícita, solicitar a retirada é o mesmo que desafiar a autoridade dos criminosos.
Quando a GCM ou PM realiza aproximação ao fluxo, solicita que as barracas sejam retiradas, realiza um bloqueio para inspeção preventiva ou efetua uma prisão, os marginais passam a provocar as equipes com hostilidades, lançando objetos, importunando moradores, inclusive praticando vandalismo nas proximidades, justamente para que as tropas tenham que agir.
É assim que ocorrem as viradas de fluxo, a retaliação em desfavor ao trabalho policial, a forma que os bandidos agem para que novas ações policiais não sejam realizadas.
Geralmente o coletivo de bandidos inicia com gritos de hostilidades, ofensas e ameaças, lançam vidros e quando a tropa se organiza com escudos e avança, os meliantes atacam com mais intensidade, inclusive lançando rojões.
Por isso é comum ouvir explosões dos rojões e em seguida explosões dos materiais não letais das polícias, os agentes lançam em defesa do território e da integridade física de toda população, considerando que se os rebelados avançarem pelas ruas, certamente irão ataca as pessoas e os estabelecimentos comerciais e dessa forma o bairro seria dominado por bandidos.
A virada de fluxo é um ataque contra o Estado, bandidos querendo impor suas regras, fazer do bairro Campos Elíseos sua “pátria”e se isso ocorrer o morador estará sob as “leis do próprio demônio”.
Eles têm regras próprias e muito cruéis, quem as contraria sofre castigos severos e em alguns casos paga com a própria vida.
Quando ocorre um confronto, o risco dos marginais abandonarem um corpo no local é grande, eles aproveitam o momento para acertarem contas, ocorreu em 2019 conforme narrado inicialmente e no início de 2020 na Alameda Dino Bueno quando abandonaram o corpo de um homem
Os “falsos humanitários” sempre vão dizer ou redigir que a polícia foi truculenta e isso gerou a revolta dos usuários que enfrentaram as tropas.
Sempre após uma virada vão aparecer imagens de toxicômanos machucados ou sendo imobilizados,mas nunca apresentam o histórico completo do ocorrido e lançam duras acusações e julgamentos desfavoráveis aos policiais. A virada de fluxo é só mais uma das dezenas de violações penais praticadas diariamente na famosa cracolândia.
As notícias merecem um olhar mais crítico, mais alinhado com as evidências das reincidências e com a carência de provas das acusações contra a polícia.
As publicações, falácias, calúnias e difamações publicadas por representantes de movimentos sociais merecem apenas 4 perguntas:
- Vocês estavam lá?
- Quais são as provas?
- O que dizem os acusados?
- Por que você não relata isso a autoridade policial (Delegado)?
Os bandidos querem impor regras e a nossa liberdade, para isso usam de violência contra o Estado e querem corromper a opinião pública através de desinformação.
O QUE O MORADOR DEVE FAZER EM CASO DE VIRADA DE FLUXO?
Durante a virada de fluxo o recomendável é que os munícipes não saiam das suas casas, se possível fechem portas e janelas e aguardem em local que ofereça abrigo contra lançamentos de objetos e até mesmo contra tiros, ou seja, em um cômodo próximo a parede sem aberturas para a rua (evitar estar de frente para janela ou porta direcionada a rua).
Caso esteja na rua, existem três postos policiais, o posto de comando da GCM e o ônibus da Polícia Militar, ambos próximo a Estação Julio Prestes e a base da PM localizada no Largo Coração de Jesus, lembrando que para acessar aos postos é importante dizer que é morador e está procurando acolhimento e dessa forma evitar de ser confundido com os agressores, também é imprescindível estar ciente de que em alguns casos os policiais vão exigir que levante as mãos e irão realizar busca pessoal, afinal é um procedimento de segurança.
A Rua Barão de Piracicaba próximo a rua Helvétia e a Avenida Rio Branco são lugares a serem evitados.
Qualquer lugar onde o houver grupos de usuários caminhando não é recomendável ir de encontro, pois eles aproveitam para fazer arrastões.
Os veículos devem estar com os vidros fechados e quem estiver a pé deve colocar bolsas, carteiras e celulares na parte da frente do corpo.
Caso se depare com uma linha de escudeiros da PM ou GCM levante as mãos e siga as ordens, deixe apenas o policial falar e siga rigorosamente as orientações.
Se por ventura sentir os olhos arderem e gás penetrar no sistema respiratório, saia do meio da via, encoste em uma parede ou poste e mantenha calma, observando a presença de um policial peça ajuda, você terá dificuldades de enxergar e respirar por alguns minutos, mas é o efeito do material não letal usado pelas polícias.
No meio de um confronto, procure abrigo, seja atrás de um poste ou parede e fique agaixado até haver condições de procurar um local mais seguro.
Jamais adentre ao fluxo, mesmo que desconfie que um acompanhante tenha adentrado no momento de confusão, vá até o posto de comando da GCM ou PM para iniciar as buscas.
Não entre em hotéis ou qualquer outro local próximo ao fluxo.
Não reaja a assaltos, entregue os pertences porque em momento de distúrbio eles ficam ainda mais agressivos.
As crianças devem estar protegidas, sempre viradas para o lado oposto da confusão, seguradas firmemente pelas mãos e abrigadas sob o corpo do adulto.
Não lave o rosto se for atingido pelos gases.
Se presenciar um crime, apenas tente memorizar as características físicas e a roupa, mas não tente intervir, posteriormente dê ciência a polícia.
Não entre em bares próximos a Alameda Dino Bueno, Rua Helvétia e Rua Barão de Piracicaba (região próxima ao fluxo).
O deslocamentos devem ser evitados até que a Polícia domine a situação, isso será perceptível ao observar viaturas paradas com policiais a sua frente e também pela baixa velocidade das viaturas nas vias.
Sempre que possível, pergunte ao policial se pode ou não passar em determinado local onde há muitas viaturas.
São várias atitudes a serem tomadas, mas, em síntese, a atitude correta é ficar longe do fluxo ou para onde ele costuma ser deslocado, procurar ajuda, principalmente, nas bases policiais e se possível só sair do abrigo quando a situação estiver dominada.
REFLITA, ELES QUEREM VOCÊ COMO ALIADO!
Não é questão de julgar ou fazer distinção de pessoas, mas apenas análises de situações e o fato é que não precisamos de muito para ter convencimento de que a cracolândia é um grande ponto de tráfico e ali estão inseridos centenas de bandidos muito perigosos.
Por óbvio, também existem pessoas doentes, viciadas e talvez até algumas poucas vítimas da sociedade, mas não são maioria como pregam alguns oportunistas e imorais que visam somente o lucro.
As questões humanitárias não devem ser esquecidas, mas no caso da cracolândia, estão sendo usadas como armas, desculpas e justificativas para facilitar ações do crime organizado.
O munícipe precisa questionar mais a respeito do que comentam a respeito da problemática que envolve o Bairro Campos Elíseos, afinal a imprensa, o Governo e os ativistas de movimentos sociais reproduzem aquilo que os favorecem, em contrapartida temos as evidências e as verdades que podem ser vistas diariamente.
Vitimizar freqüentador do fluxo e criminalizar as ações de combate ao tráfico local é uma ação astuta dos nossos inimigos.
Os novos moradores tem sido motivo de preocupação para os bandidos e seus aliados, haja vista o peso que tem a opinião pública e é por isso que querem trabalhar a opinião, mas tenha certeza, preliminarmente eles querem distorcer o seu ponto de vista, mas se não der certo partirão para imposição do medo e da violência, especialidade dos criminosos.
Virada de fluxo é um ataque da organização criminosa contra toda população, uma forma de dizer que as coisas devem funcionar em conformidade as normas dos bandidos!
Juntos somos mais fortes!