Nosso país está declinando moralmente porque o povo ignora os propósitos constitucionais e assume a defesa de instituições, pessoas e ideologias.
Sim, pessoalidades e paixões a frente da justiça.
Especialistas lançam teorias e “vomitam” artigos de lei para defender uma bandeira, uma ideia ou simplesmente priorizar os próprios interesses.
Um país onde as pessoas são incapazes de rever conceitos porque não querem perder a discussão ou ceder o espaço.
A imprensa informou que guardas municipais da Inspetoria de Operações Especiais, IOPE, estavam cobrando moradores e comerciantes para que pudessem prestar serviços de segurança pública.
Uma reportagem louvável e de causa nobre.
Há fortes indícios de que realmente os guardas estavam executando cobranças ilícitas, porém é missão para a Polícia Civil e Corregedoria Geral da Guarda Civil Metropolitana a realização das apurações e, caso constatadas as infrações, iniciarem as persecuções penal e administrativa.
O Ajuda SP Centro não tem espírito de torcedor, nem tampouco paixões como norteadoras de suas manifestações e ações, o propósito da página é tornar cristalina todas as opções de soluções e apontar irregularidades com o objetivo fomentar a reflexão e a ação em prol do exercício da cidadania.
Não somos juízes, mas juntos podemos levar os casos até eles!
A justiça deve ser imparcial e impessoal, onde há um erro deve haver uma sanção, sem observância a classe social, profissional ou inclinações políticas.
Se os gcm´s realizaram cobranças por serviços de segurança pública, certamente os responsáveis não podem continuar no serviço público e também devem responder por seus crimes.
A comoção social tem sido instrumento para obtenção audiência por parte da grande mídia, portanto não demorará muito e o caso perderá sua relevância, em contrapartida sua gravidade não.
Os trabalhos da Guarda Civil Metropolitana são embasados em hierarquia, sendo assim é de extrema importância que o Prefeito Ricardo Nunes oriente que as investigações sejam realizadas com plenitude, ou seja, não ter como alvo apenas aqueles que atuavam diretamente com o público, mas dar relevância ao fato de que pessoas que desempenham funções burocráticas ou de liderança podem estar envolvidas indiretamente no caso.
É questão de justiça!
Outro ponto a ser observado é o fato de que aqueles que pagaram por serviços ilegais também possuem suas responsabilidades, considerando que, sob a ótica da moralidade, é um ato egoístico fazer do poder financeiro uma forma de “privatizar” o serviço público.
Todos devem passar pelo crivo da ética, legalidade e moralidade!
No Brasil é muito comum o clamor por direitos e a aversão por deveres, há uma normalização do “jeitinho brasileiro”, conduta que tem “espírito de corrupção”.
O Ajuda SP Centro anseia por justiça em favor da coletividade, não apenas em desfavor dos guardas, portanto o tecnicismo e o imediatismo por respostas não serão suficientes para eliminar o problema, faz-se necessária uma investigação além daquilo que está evidente, urge a necessidade da oposição a mediocridade, de não permitir que respostas a uma comoção social sejam suficientes para encerrar o assunto.
O Ajuda SP Centro manifesta o repúdio aos crimes praticados por servidores de todas as hierarquias e instituições, aversão a mediocridade nos trabalhos investigativos e indignação aos que recorrem ao “jeitinho brasileiro” como forma de sanar suas necessidades.
O certo não deixará de existir porque a maioria o rejeita, mas a coisa errada sempre terá como resultado prejuízos.
Honestidade é para ser vivida e não escrita.