O Brasil é um país romântico, um lugar onde os discursos são emocionantes, comoventes e a lei maior, a Constituição Federal, tem o artigo 5º que, se bem parafraseado, oferece condições para escrever um livro de poesias.
E nas ruas tudo parece que está em ruínas!
O Direito em que nada sai direito.
Não há mais espaços para discussões a respeito das injustiças, tornou-se chato, repetitivo e deprimente falar de bandidos, tendo em vista que as polícias não podem fazer muito, considerando que aqueles que estão no poder ignoram a verdadeira essência do que é justo.
Recentemente o ministro Gilmar Mendes anulou a decisão do Superior Tribunal de Justiça para investigar o desembargador que humilhou dois guardas civis em Santos. Você lembra?
Tratam-se de imoralidades escondidas sob o manto da autoridade.
Justiça não é o mero cumprimento de normas, há necessidade da observância do contexto social e da eficiência dos atos.
Até quando vamos tolerar gente má prosperando com justificativas técnicas, porém carente de verdades?
No mundo do Poder Judiciário, principalmente para a sexta turma do STJ, quando o bandido é detido com um celular roubado ou portando drogas, há ilegalidades, mas dos policiais:
- Se é um PM, há erro porque o agente abordou sem uma suspeita fundamentada, o policial só pode realizar busca pessoal se houver fatores objetivos.
- Quando a prisão é feita por um gcm, há ilegalidade porque abordou e, além de não haver fundada suspeita, não é função constitucional da instituição realizar o policiamento ostensivo, deve fazer apenas o policiamento preventivo.
- Se o marginal dispensa a arma, droga ou o objeto roubado, veem ilegalidade na atuação do policial porque não viu quando o bandido jogou o objeto ilícito que foi apresentado ao delegado, portanto, há presunção de inocência do acusado.
Há sempre uma fundamentação para colocar um bandido de volta às ruas.
O Direito que faz as coisas darem erradas.
Deturpações de realidades, militância e ativismo em prol de bandidos sob a letra da lei.
Ternos, gravatas e juridiquês (expressões próprias da área jurídica) são usados para gerar uma aparência de correto naquilo que está errado.
Imoralidades maquiadas com palavras que impressionam.
E assim são garantidas as permanências de barracas para que ocorra a venda e o uso de drogas nas ruas e calçadas da cidade , assim também nasceu uma lei que valida a permanência de toxicômanos debaixo de viadutos e em portas de comércios. O autor do projeto teve motivações humanitárias, inclusive em 2007 foi acusado por estupro de um menor e não foi condenado!
A mesma hipocrisia que esconde a agressividade de drogados e mostra apenas a imobilização ou o uso da força dos agentes da segurança que são covardemente narrados como agressões.
Morador de área livre que tentou obstruir o trabalho da equipe de zeladoria
Ampla defesa e contraditório: Palavras proibidas na imprensa quando os acusados são policiais.
A dura rotina de um guarda civil inicia já nas primeiras horas do dia, na madrugada, quando tem que sair e adotar dezenas de procedimentos de segurança e estar preparado para reagir a um assalto ou uma tentativa de execução. Se atira, a primeira notícia será que um policial matou um suspeito ou um jovem. Nunca acerta o bandido na análise da grande mídia.

Indivíduo suspeito sendo abordado pela GCM na região da Sé.
Chegar ao serviço já dá muito trabalho! Ao chegar na base, prepara e checa o equipamento, deve apresentar-se com o uniforme impecável e um nível de atenção acima da média (diariamente).
Adentra a viatura com o tempo restrito, considerando que deve render o colega do plantão anterior, sempre atento durante o trajeto e ainda com extrema cautela com motoristas que não colaboram com o deslocamento da viatura simplesmente por discordarem da precedência no trânsito.
O simples ato de comer ou beber é quase um crime para os olhares de críticos que, motivados pelo senso comum, julgam aquele momento como uma prática de funcionários ociosos e que representa as facilidades de uma profissão. Tolices da falta de conhecimento e de julgamentos desleais.
E durante os deslocamentos pelo centro de São Paulo adentra pelos vidros os odores fétidos de urina, fezes, carniça e chorume . Durante patrulhamento é possível ver:
- Homens e mulheres desesperados por drogas e pressionando motoristas a darem esmolas, oportunistas que não podem ser abordados, tendo em vista que, na visão do Poder Judiciário, sem um fato concreto eles não podem ter seus direitos de ir e vir limitados.
- Homens abaixados e com lençóis sobre o colo, muitos deles defecando na calçada, mas em respeito aos direitos humanos e ao entendimento do Poder Judiciário, o correto é não abordar! Pode ser apenas frio ou um momento de descanso, é um direito deles.
- Barracas montadas em vários locais da cidade, o cheiro característico da droga tomando as ruas, mas não é salutar perturbar os ocupantes das barracas porque, segundo os grandes juristas, se não há certeza, também não há legitimidade em agir.
- E nas esquinas, ao avistar a viatura, um suspeito corre para dentro de um hotel irregular, mas apenas suspeito! Juízes não enxergam legalidade no fato do guarda civil averiguar alguém que correu ao avistar uma viatura policial.
É possível ouvir xingamentos, sarcasmos, ameaças e hostilidades de toda natureza, mas o desacato é um crime mal recepcionado nos Distritos Policiais porque os delegados acreditam que isso deve ser resolvido nas ruas. Não falam para a imprensa, mas dizem isso de maneira indireta quando faz o agente aguardar por horas (retaliação).
Basta desembarcar da viatura para aparecem pessoas desesperadas, chorando e dizendo que foram roubadas, contudo, após o crime ter ocorrido, resta apenas oferecer a orientação, fato que faz com que toda frustração fique consignada no nome da Guarda Civil Metropolitana.
Brigas! O gcm tem a obrigação de intervir, mas ao usar a tonfa ou o gás contra uma parte agressiva é o mesmo que assinar um atestado de maldição, a julgar pelo fato de que pessoas tomadas por “espíritos de porcos” entregam vídeos para covardes que os apresentam parcialmente para que possam manifestar seus sensacionalismos e denunciações caluniosas.
Assim nascem as reportagens e comentários contrários ao bom nome da instituição.
Ver crianças e idosos condenados ao abandono é uma dor suportada diariamente .

O descaso com as crianças na região da Sé é algo explícito
Será que o Conselho Tutelar não sabe que existem menores na região da Sé?
As falhas do sistema é um assunto a ser evitado por questões jurídicas em que o denunciante corre sérios riscos de ser o alvo de uma nova denúncia.
O “jeitinho brasileiro” só é bom para os beneficiários!
Um brasão no peito, um dever na mente, muitas vontades no coração e o Direito mecanicista, sistemático e isento do espírito da justiça que faz da atividade policial um pesadelo.
O centro de São Paulo é um território em guerra, os marginais são os soldados, mas há também as mentes brilhantes, líderes que desenvolvem trabalhos intelectuais em favor do inimigo, eles detêm o poder caneta!
Fato que explica um indivíduo com um vocabulário imundo, sentenciado ou respondendo em liberdade e agindo com ousadia ao desafiar munícipes, guardas civis e policiais militares.
Bandidos que praticam diversos crimes nos mesmos locais diariamente e ainda contam com abrigos legalizados para sumirem das vistas da polícia e dos oficiais de justiça.
As leis existem para facilitar o convívio em sociedade, mas no Brasil fazem dela uma forma de justificar e amparar aquele que anda as margens da sociedade.
O espírito das leis não é respeitado, a premissa tem sido o “direito sem o dever”, ignoram a ciência e fazem das descrições dos códigos e das leis um escudo para o inimigo.
A pessoa que usa drogas pode tudo, mas e a lei 11.343/2006 que fala sobre o porte e o tráfico de drogas? Não existe mais!?
A imprensa denuncia violência policial, mas por que nunca são testemunhas e os vídeos são incompletos?
As vítimas são cada vez mais persuadidas a sentirem benevolência dos bandidos.
Operadores do direito que ignoram a essência da justiça e obedecem, de forma alienada e sistemática, exclusivamente as normas, esquecendo que elas só existem porque um dia houve a necessidade e o desejo por justiça.
Lobos em prontidão para atacar as ovelhas, assim são os toxicômanos em relação aos trabalhadores.
Serpentes protegendo lobos, assim é a imprensa em relação à organização criminosa que destrói a cidade.
Escudeiros dos inimigos e “testemunhas favoráveis a Judas”, assim é o Poder Judiciário, os militantes, ativistas e as pessoas públicas que defendem os erros de marginais sob alegações de estarem executando ações humanitárias.
O guarda civil vê, mas não pode falar e nem agir porque é minoria e seus discursos são tomados como intolerâncias e pessoalidades.
Processos administrativos são as primeiras armas usadas por pessoas cheias de más intenções e que querem o silêncio dos agentes públicos.
O Brasil é um país romântico, humanitário e comovente, mas infelizmente não reconhece o espírito das leis e está escolhendo a regra em detrimento a justiça!
É a morte da democracia e o anúncio de uma guerra civil que ocorrerá a longo prazo: Poder Paralelo x Pessoas de bem.